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Se cá nevasse​.​.​.

by Salada de Frutas

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1.
Sebastião cá voltasse Se a moleza se cansasse Se o Eusébio ainda jogasse Ai! Que fintas que eu faria um dia Se o imposto não subisse Se o emprego não fugisse Se o presidente sorrisse Outro galo cantaria um dia - Se cá nevasse… Há sempre um “se” no caminho Que me deixa as mãos tão presas Se eu cortasse o “se” daninho Talvez me levasse as incertezas
2.
Manda vir mais DDT, ganha o país e você Enquanto vais azedando, põe-lhe umas gotas de rosé E tudo o que é Fétalaman Por aquilo que eu já vi, ici Que diabo, se é Lusitano Não digas que vais daqui, d’ici Continuas distraído, a ver a factura aumentar Dão-te a voltinha ao juízo, e depois diz que tens azar E tudo o que é Fétalaman Só porque não é com o pé, oie Mais valera que o não fosse E não só falta de Fé, não é E já que vais em cantigas, se ainda não estás apanhado Trata lá da tua vida, mas não te esqueças do recado Tudo o que é Fétalaman Só porque não é com o pé, oie Mais valera que o não fosse E não só falta de pé, não é
3.
Esta é a verdadeira história de Rebaldino Pires, Honestíssimo vadio, Ancorado nas portas de Santo Antão Mas batendo a outras portas e respeitador de todos os santos, Navegando de mulher para mulher - As filhas mais do que as mães - E crucificado pela justiça e pela opinião pública Como já tinha acontecido Ao próprio Nosso Senhor E foi Rebaldino atleta E ganhou a maratona com duas horas de avanço …Tendo cortado a meta Repimpado na ramona E acusado de gamanço Mentira, tudo mentira! Se gamou os sapatos aos outros atletas, foi para salvar o turismo de pé descalço! …Tudo o mais é “boca”, é bera, é falso! … Nunca apareceu às faces da terra - Nem à face A nem à face B - Gajo tão sério e pacholas Amigo dos putos e delas Ele era o chefe de fila p’ra muito puto regula Mestre melhor não havia … Montou escola de sobrinhos Ensinou-lhes os caminhos que vão às casas das tias Mentira, redonda mentira! Nunca Rebaldino Pires, Cavalheiro impec e aprumado Desmoralizou a moral Ou os bons costumes a que se tinha acostumado Quando andou no contrabando Tinha um bando contratado Contra Fé e contra a guarda Contra cima e contrabaixo Contra regra e contra mão …Até que vem uma farda Que o enfarda na prisão! Mentira, bruta injustiça! … Tudo contrabando, nada a favor de bando! Sempre foi um sereno cidadão Cumpridor de leis e mandamentos que mandassem, Inclusivé portarias municipais E outras portarias tais! …Impostos em dia, facultativos à noite. Numa noite de porrada Na tasca do “vai-de-lado” É que perdeu a cabeça … Ao mandar a cabeçada Num artolas encartado Que foi parar à travessa …Levou só quatro pontos porque era a travessa do cosido … Mas é tudo mentira, impura invenção! Vejam o seu certificado de registo criminal, passado por ele próprio sem ajudas de ninguém. … Impecável, bestial! Lá vem que o seu único crime foi falsificar o registo criminal Mais que permite a força humana Tinha oitenta e uma amantes … Umas vinte por semana Sem vozes reclamantes! tinha oitenta e uma amantes Uma delas ciumenta Que veio a saber das oitenta Soprou o pelo da venta Sacou a faca da liga… … E ele deu aos calcantes - Nunca foi Homem de briga!… Mentira, outra mentira! Regalino Pires, honrado português de lei, não anda a monte d’amante… … Nunca fugiu à polícia, Nem sequer foge da chuva. … Nem para lavar a reputação Que exige reparação Depois de tanta patranha Tanta mentira malvada … E aqui está esta campanha Devidamente orquestrada.
4.
Namaptess 04:37
5.
Molhar o rosto num banho de espuma fria Seguir viagem na maré do meio dia Ser arrastado como uma concha vazia Trocar as voltas deste Mundo de loucura Abrir as mãos jogar o corpo na aventura A corda bamba é um fio de seda pura Sair à rua vir trocar coisas da vida Ver os teus olhos a brilhar na luz do dia Qual o caminho para a terra prometida Tecer as notas deste som que me acompanha Fazer as regras dum mister de arte e manha Que na vertigem de pisar terra tão estranha Esquecer palavras que já não fazem sentido E murmurar uma canção no teu ouvido Provar contigo doutro fruto proibido Trazer à luz um novo ponto de partida Guiar os passos de mais uma ilha perdida E procurar no horizonte outra saída
6.
Chamam-me Zimalabaristix Sou jogral nas minhas horas vagas Descendo da tribo de Astérix Trago no meu sangue as velhas sagas Ando sempre em busca de emoção Recito poesia das janelas Faço guerra aos donos da razão Protejo o pensamento das chancelas Refrão… Tenho o curso de magia urbana À tristeza monto armadilhas Troco o nome aos dias da semana Faço a rotina voar em estilhas Faço dos meus sonhos manifestos Vou minando o muro repressivo Faço das palavras sons e gestos A grande alquimia de estar vivo
7.
Tanahora 04:15
Só faltam cinco minutos O tempo foge nesta paragem O filme é todo ao contrário Até o expresso seguir viagem Vais ver! Digo eu quase a naufragar Vai ser! O meu som não vai falhar! Desfaço um nó no meu peito Afino os nervos em tom de Valium Salto sem rede no sítio Agarro um jeito para a contagem 2.3! Digo eu quando me lançar! Inês! Já nada te faz parar! No meio d’alta voltagem Os meus neurônios são cães de caça Olhos sedentos de néon Mais uma vez vou descer à praça Vais ver! Digo eu quase a naufragar Vai ser! O meu som não vai falhar! Na transa que me rodeia Já estou tão farto da sinfonia Pulsa o meu sangue nas veias Já estou tão perto… 2.3! Digo eu quando me lançar! Inês! Já nada te faz parar!
8.
Grito 04:28
Este vazio que deixaste Magia que foi embora Os sons que pairam no ar Ecoam p’la noite fora Voz que nós já não ouvimos Subindo ao céu A cantar O luar que me mostraste E barulho que há no mar E a guitarra que tocaste Teimaram em cá ficar Mãos que nós já não sentimos Subindo ao céu A tocar O som do teu silêncio Do tarde fez cedo Abriu-se um caminho Que eu sigo sem medo O som do teu silêncio O brilho do olhar Encheram-e o corpo Dum nunca acabar O som do teu silêncio O vibrar dos teus dedos Fecharam em mim As raivas e os medos Este vazio de tão cheio Das coisas que me ensinaste O som de viver a vida Ficou quando nos deixaste Corpo que já não sentimos Subindo ao céu A dançar
9.
Feira da ONU 05:23
Encontrei um almocreve Que ia abrir banca na ONU Disse que ia haver lá feira E um leilão de antiguidades Pus a minha albarda no jumento Meti-me a caminho com o velho Chegámos a tempo d’ir ao conselho Então demos umas voltas à feira Topámos mercadores de altas rodas E mercado negro Exibiam armamentos Quem tivesse o mais eficaz Possuía argumentos Para dar e vender a Paz No carrossel das Nações Unidas Vi o soldadinho desconhecido Um grande mausoléu com muitas flores Lá vi a minha cara num momento As tendências em fase de transição Em vias de extinção Vi ditaduras quentes Perder a sua cotação Meia dúzia de exemplares Que eu não quero p’ra colecção Vi um Somoza ser vendido no leilão O Idi Amin e um Bokassa de cartão A velha feira estava a refinar-se Algo discreta e mais humanista Havia no seu stock crises p’ra vender Medos de morrer.
10.
Moçoila 03:46

credits

released December 4, 2021

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Salada de Frutas Lisbon, Portugal

A banda Salada De Frutas surgiu em Portugal no início dos anos 80 em Lisboa. Foram uma nova banda portuguesa entre muitas mais que fizeram parte do chamado Movimento Do Pop/Rock Português entre 1975-1985. Movimento.

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